A primeira medida tomada por Deus para corrigir o erro dos Bene-Elohim foi enviar um Dilúvio ao mundo. Não queremos aqui discutir a abrangência de tal cataclismo, se foi universal ou local. Mas o fato é que Deus queria separar uma estirpe pura, que fosse preservada ao longo dos séculos, até que chegasse a plenitude dos tempos, e o Filho de Deus fosse enviado aos homens.
Antes de enviar o Dilúvio, Deus chamou a Noé, e o ordenou que lhe construísse uma arca. Qual foi o critério pelo qual Deus escolheu a Noé? Será que ele era perito em tecnologia náutica? Não. Será que ele era um homem perfeito? Não. Se fosse, não teria se embriagado e se exposto ao ridículo, como fez.
Há razões para crermos que os anjos rebeldes contaminaram, não apenas os seres humanos, mas também os animais. A serpente estava se alimentando do pó da terra, comprometendo geneticamente as criaturas de Deus (Gn.3:14). Lembremos que, tanto o homem, quanto os animais, provém do “pó da terra”, que é uma metáfora para células, e mais precisamente para genes (Gn.1:24; 2:7; Ec.3:18-20).
O texto declara enfaticamente que “a terra, porém, estava corrompida diante de Deus” (Gn.6:11). Por isso Deus anunciou: “Destruirei de sobre a face da terra o homem que criei, tanto o homem como o animal” (Gn.v.7).
Em meio a esta corrupção (não apenas moral, mas genética), Deus encontrou Noé que era “homem justo e íntegro em suas gerações”, e ainda por cima, “andava com Deus” (v.9). O texto original diz que Noé era puro em sua genealogia. Isto é, ele não havia sido contaminado pelo gene angélico. Por isso, Deus o escolheu para dar origem à estirpe que traria o Filho de Deus ao mundo.
Mesmo com a contaminação da raça humana pelo gene angélico e com a manipulação genética que resultou no surgimento de raças híbridas de animais, Deus resolveu não exterminá-los completamente.
Além de poupar a Noé e à sua família, Deus também quis poupar aos animais, mesmo àqueles que houvessem sido resultado de manipulação genética dos anjos. Entretanto, Deus ordenou a Noé que de cada animal limpo, levasse sete casais, mas dos animais impuros, apenas um casal (7:2).
É a primeira vez que surge na Bíblia a distinção entre animais limpos e impuros. Quando a Bíblia relata a criação dos animais, os distribui em várias categorias: selvagens, domésticos, aves, répteis, peixes. Não encontramos ali a categoria “impuros”.
De onde surgiu esta discriminação?
Há relatos que afirmam que os anjos manipularam geneticamente os animais, criando novas espécies. Creio que tais espécies foram consideradas impuras, por não serem resultado de tais manipulações.
Quando Deus outorgou a Lei, proibiu que tais animais fossem consumidos. E por quê? Porque poderiam, ao longo das gerações, causar algum comprometimento genético à estirpe pela qual Cristo viria ao mundo. É por isso que, depois que Cristo veio e cumpriu Sua missão redentora, tais proibições foram invalidadas.
Paulo expressou sua compreensão acerca disso, ao declarar: “O fim da Lei é Cristo” (Rm.10:4). Em outras palavras, o objetivo da Lei era Cristo. Tendo Cristo vindo ao mundo, já não haveria necessidade de certas precauções.
Era necessário que a estirpe pela qual Jesus viria, fosse preservada de qualquer contaminação genética, a fim de que Jesus fosse 100% Homem, tão puro geneticamente quanto Adão. As leis higiênicas e dietéticas tinham este objetivo.
Dentre os animais considerados impuros, o que mais chama a atenção é o porco. É interessante ressaltar a proximidade genética e morfológica entre o porco e o ser humano. Por isso, são cada vez mais comuns pontes de safena com tripas de porco, e transplantes de órgãos de porco para humanos.
Não seria o porco um produto de manipulação genética feita pelos anjos?
Se hoje há raças caninas resultantes de manipulação genética, por que não seria razoável supor que houvesse raças de animais resultantes de manipulação por parte dos anjos?
Talvez algumas figuras mitológicas, como o minotauro, metade homem, metade animal, tenham sido inspiradas nessas experiências.
Flavio Josefo, historiador judeu, conta que nos dias que antecederam a queda de Jerusalém, uma vaca deu à luz um cordeiro no Templo em plena festa da Páscoa. A glória de Deus já havia deixado aquele recinto outrora sagrado, e que agora estava entregue às hordas de Satanás.
Com o Dilúvio, a raça humana teria sido reduzida a um grupo de oito pessoas, a saber, Noé, sua esposa, seus três filhos e respectivas esposas.
Se o Dilúvio tenha como objetivo exterminar a raça híbrida, de onde teriam vindo os gigantes que aparecem nas páginas da Bíblia até os dias de Davi?
Há várias respostas possíveis:
Talvez uma das noras de Noé estivesse geneticamente comprometida, ou até grávida de um Nefilim.
Ou pode ter havido novas incursões angelicais ao mundo, e, conseqüentemente, novas experiências genéticas envolvendo seres humanos.
Parece que a segunda hipótese é mais plausível.
Depois do episódio que ficou conhecido como Torre de Babel, os homens foram distribuídos pelo mundo, e se organizaram em nações, e cada uma delas invocava seus próprios deuses.
A invocação a estes deuses deu-lhes liberdade para que voltassem a transitar entre os homens, e aqui proliferassem sua semente.
Mais uma vez a humanidade estava sendo contaminada pelo gene maligno.
Babel se tornou num portal para que os Bene-Elohim retornassem a terra.
Foi nesse ínterim que Deus chamou a Abraão.
Abraão representa um novo início. Deus lhe ordena a sair da terra dos Caldeus, onde florescia a civilização Suméria, para uma terra que ainda lhe seria mostrada.
O patriarca teve que romper com sua família, com sua herança cultural, e aventurar-se por uma terra desconhecida, e que posteriormente seria dada por herança à sua posteridade.
Como sabemos, Sara era estéril. Como poderia Deus cumprir o que prometera, se sua esposa é incapaz de conceber?
Acolhendo a idéia de sua própria esposa, Abraão tomou sua escrava Hagar, para que esta lhe desse um descendente. Porém, Deus não Se agradara de tal iniciativa. Hagar era egípcia, descendente de Cão, o filho de Noé que fora amaldiçoado; portanto, sua ascendência não era pura.
Abraão era semita, isto é, descendente de Sem, de quem Deus pretendia suscitar uma estirpe santa pela qual Seu Filho seria enviado ao mundo.
Abraão já tinha cem anos, e Sara, sua mulher, noventa anos. Além de ter sido estéril por toda a vida, “Sara havia cessado o costume das mulheres” (Gn.18:11). Ora, se Sara não ovulava mais, como ela poderia conceber?
O texto sagrado diz que “o Senhor visitou a Sara, como tinha dito, e lhe fez como havia prometido. Sara concebeu, e deu a Abraão um filho na sua velhice, ao tempo determinado, de que Deus lhe falara” (Gn.21:1-2).
Não foi apenas um milagre feito à distância. O Senhor visitou a Sara!
O escritor de Hebreus diz que Sara “recebeu poder de conceber um filho, mesmo fora da idade” (Hb.11:11). Receber poder de conceber é o mesmo que receber um óvulo para que fosse fecundado pelo sêmen de Abraão. De onde veio esse óvulo? Terá sido produzido naturalmente pelos ovários de Sara? Absolutamente, não! Deus não restaurou seus ovários. Mas lhe deu “poder” para conceber.
O óvulo que fora colocado no ventre de Sara foi produzido pelo Espírito Santo, e inseminado por Deus.
Isaque foi gerado pelo Espírito Santo! Evidência bíblica? Em Gálatas 4:28-29, Paulo diz que Isaque “nasceu segundo o Espírito”.
Em sua concepção, Isaque teve o sêmen humano e o óvulo do Espírito; o inverso de Jesus, que teve o sêmen do Espírito fecundando o óvulo humano.
Isso não faria de Isaque um ser semelhante a Jesus? Não!
Foi necessário que Isaque fosse gerado desta maneira, para preparar geneticamente a estirpe de onde Jesus viria. De Isaque a Jesus foram 42 gerações, isto é: 7 x 6. Sete é o número que representa a divindade, enquanto seis representa a humanidade. Estas 42 gerações eram necessárias para que a humanidade fosse preparada para mesclar-se à divindade na Pessoa de Jesus.
2 comentários:
Gostei muito bem que DEUS Abençoe!
Muito bom - Deus lhe dê sempre sabedoria.
Gilberto Pinheiro - Jaú/SP
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